HOMENAGEM AO CL HEINZ GÜNTHER SINNECKER
CL Presidente João Carlos
Cascaes e DM Tânia Rosa
Demais integrantes da Mesa Principal, já mencionados pelo protocolo.
Companheiros, companheiras, visitantes e convidados
Desejo, inicialmente, enfatizar que as minhas palavras são de agradecimento
à Diretoria do valoroso L.C. de Curitiba – Batel.
De
agradecimento pela honrosa oportunidade que me proporciona, de associar-me à
justíssima homenagem que hoje é prestada ao nosso querido ex-companheiro
HEINZ GUNTHER SINNECKER, ao convidar-me para aqui comparecer e trazer a esta
selecionada platéia, alguns pequenos detalhes sobre a vida leonística
daquele ex-companheiro que precocemente nos deixou.
Sinto-me perfeitamente a vontade para falar sobre o Gunther, como
carinhosamente era tratado, porque com ele convivemos leonisticamente
durante 23 anos consecutivos, sempre atuando no mesmo Clube, inicialmente
denominado de Capanema e posteriormente Jardim Botânico.
Conhecemos o Gunther, bem como sua querida esposa Lucy, no ano de 1986, ano
em que ele foi admitido como Companheiro Leão e sua esposa como Domadora, no
antigo L.C. de Curitiba-Capanema.
Neste mesmo ano, também eu e minha então Domadora Sibila, ingressamos no
Capanema, porém por transferência do nosso Clube de origem, o Curitiba-Santa
Felicidade.
Teve inicio, então, nossa amizade e nosso companheirismo, que se prolongaram
até o seu lamentável passamento.
Na época do seu ingresso no Leonismo, exercia Gunther, na condição de
funcionário publico federal do Ministério da Previdência Social, atividades
profissionais no campo da fiscalização do pagamento das contribuições
previdenciárias por parte das empresas, em geral.
Por decorrência das suas funções profissionais, era ele pessoa afeita a
números e a cálculos econômicos.
Por decorrência dos seus conhecimentos financeiros, não tardou muito para
que fosse eleito Tesoureiro do Clube.
Assim é que, já a partir do A.L. 90/91, foi sucessivamente eleito para o
referido cargo durante 15 anos, merecendo com todo louvor o titulo de
Tesoureiro perpetuo do Clube.
Todavia, a atuação do Gunther no campo das finanças leonísticas não se
limitou ao Clube. No A.L. 91/92, após eu ter sido eleito Governador do
Distrito, a minha primeira preocupação era a de escolher dois companheiros
para me ajudarem na administração distrital, sendo um para a Secretaria e
outro para a Tesouraria. Quanto à Tesouraria, não tive um segundo de dúvida.
Convite feito, convite aceito, Gunther revelou-se, mais uma vez,
extraordinário Tesoureiro.
Honestíssimo, jamais suas prestações de contas deixaram qualquer dúvida
quanto à sua correção e jamais faltou ou sobrou um centavo.
Observada a performance e a competência do GUNTHER como Tesoureiro do
Distrito durante a minha gestão, dois outros Governadores, FERNANDO
WESTPHALEN e NEUSA EHRHARDT, também o convidaram e também contaram com
excelente Tesoureiro nas suas respectivas gestões.
A partir de então, Gunther passou a ser convidado, tanto por Governadores do
LD-l como por Presidentes do Distrito Múltiplo LD, para participar de
incontáveis Comissões Técnicas distritais e de eventos leonísticos, tais
como de convenções e de conselhos distritais, voltadas para as áreas de
finanças e de orçamento, sempre emprestando sua dedicada e competente
colaboração.
Uma das características do Gunther era a de, por força de inibição própria,
não gostar de falar em publico. Inúmeras vezes foi convidado para assumir a
Presidência do Clube e sempre rejeitava a proposta, alegando não gostar de
falar.
Gunther era um executor, um realizador, não um falador.
Se a uma pessoa fosse possível personalizar a famosa frase que aconselha
“MENOS PALAVRAS E MAIS AÇÃO”, essa pessoa seria o Gunther.
Todavia, mesmo sempre afirmando que jamais assumiria a Presidência do Clube,
em duas oportunidades ele quebrou a sua palavra, tal eram seu entusiasmo e
sua dedicação ao Leonismo.
Em duas situações, em que o Lions Jardim Botânico enfrentou o risco de
fechar por falta de candidato para assumir a Presidencia, Gunther assumiu o
cargo e manteve o Clube ativo.
Mas o GUNTHER não se limitava, como Leão, a apenas cuidar das finanças do
Clube.
Gunther era incansável.
Durante as inúmeras atividades de serviço realizadas pelo Clube, tais como
churrascadas e barreados beneficentes , festas de Natal para crianças
carentes, venda de sanduíches de pernil em barraca da Festa de São Francisco
da Ordem, feira de venda de plantas e de flores no Jardim Botânico, em todas
elas, e em muitas outras, Gunther arregaçava as mangas e fazia tudo o que
fosse necessário, desde carregar volumes, até lavar pratos e panelas, cortar
cheiro verde e pernis suínos para os sanduíches que seriam feitos, servir as
pessoas estranhas que participavam das atividades do Clube, e tantos outros
trabalhos que julgo desnecessário citar.
Gunther nunca reclamava de nada. Também nunca ouvi ele pronunciar uma
palavra de desagrado sobre o Leonismo.
Sempre estava de bom humor e sempre disponível para as atividades
leonísticas.
Em junho do ano de 2009, durante uma ultima e decisiva reunião
extraordinária do Jardim Botânico, quando só permaneciam 5 associados e
estávamos diante da única opção viável, que era a de declarar o encerramento
do Clube, Gunther, ao assinar a ata, declarou que a assinava, porém muito a
contragosto e profundamente contrariado, afirmando que não gostaria de ter
participado daquela decisão.
Após o encerramento do Jardim Botânico, os seus poucos membros remanescentes
optaram por se vincular a outros Clubes, tendo o nosso Gunther escolhido
muito bem o seu novo vinculo leonístico, ingressando no valoroso Curitiba –
Batel.
Para o Leonismo, Gunther foi um Leão extraordinário.
Todas as funções que assumiu, as executou com dedicação, perfeição e
competência.
Discreto e observador, sempre se comportou dentro da sua característica: não
falar em publico.
Amigo dos amigos, companheiro dos companheiros.
Pela sua intensa participação no Leonismo, sempre acompanhado da sua querida
esposa Lucy, durante seus 25 anos de vinculo leonístico, sendo 23 no Jardim
Botânico e mais 2 anos de associado ao Batel, creio que o ingresso do
Gunther no Movimento Leonístico proporcionou-lhe novas oportunidades de
encarar a vida, transformou-o num ser humano melhor, e ofereceu-lhe
oportunidades de exercitar o trabalho voluntario e o amor ao próximo.
Creio também, que com a passagem do Gunther como Companheiro Leão, tanto ele
próprio, como o Leonismo e a comunidade curitibana, foram enriquecidos.
Acreditamos que hoje, provavelmente o Gunther já assumiu a Tesouraria do
grande Lions Clube do além, formado pelos milhares de companheiros e
companheiras que também já nos deixaram.
Este, companheiros e companheiras, em brevíssimas palavras, foi o
companheiro GUNTHER que conheci e com quem convivi leonisticamente durante
23 anos no Lions Clube de Curitiba – Jardim Botânico.
Muito obrigado.
PDG Vicente Rivera Filho
Lions Clube Curitiba Mercês