Lions Clube de Curitiba Batel

Pela primeira vez na história de Roma, as mulheres eram protagonistas de algo, tomavam uma iniciativa política, afirmavam seus direitos. Isto nunca havia acontecido. Durante cinco séculos e meio, a história de Roma tinha sido uma história de homens. A vida pública romana era somente masculina.

No senado, Marco Pôncio Catón, na qualidade de "censor" encarregado de vigiar os costumes, se opôs à petição. Disse em seu discurso: "Se cada um de nós houvesse mantido a autoridade e os direitos do marido dentro da sua própria casa, não teríamos chegado a este ponto. Vejam a que chegamos: a prepotência feminina não só anulou nossa liberdade de ação em família como também no Foro. Se estas leis forem revogadas, as mulheres ficam legalmente em pé de igualdade conosco. Conheceis as mulheres. Fazei-as vossas iguais e no final veremos isto: os homens do mundo todo, que no mundo todo governam as mulheres, serão governados pelos únicos homens que se deixam governar por suas mulheres: os romanos".

As manifestantes riram do discurso do orador e a lei Oppia foi revogada. Catón, inutilmente foi à forra, decuplicando os impostos sobre os artigos de luxo. Conseguida a vitória porém , as sufragistas não esmoreceram. Pouco a pouco obtiveram o direito de administrar seu próprio dote, o que as fazia economicamente independentes e livres como diríamos hoje, para " viver a sua vida". Depois conseguiram divorciar-se e, de vez em quando, se não o conseguiam, envenenavam o marido.

As liberdades foram bem interpretadas por gente culta, porém tomou proporções fora do alcance nos teatros, aonde, cada vez mais espectadores incultos acudiam. O resultado foi que os costumes de Roma, de austeros e lúgubres, passaram a ser alegres e carnavalescos.

(por DM Anuncia Frutos de Melo, pelo Dia Internacional das Mulheres – 8 de março
Traduzido e adaptado do artigo de CL Leon Benaim - Lions Clube Maracaibo - Venezuela)