Jaula Aberta


Espaço aberto para reflexões e temas leonísticos


VISÃO FUTURA

"Por que a filantropia está se transformando numa vantagem competitiva para as empresas?" É com este título que uma das mais famosas e respeitáveis revista de economia do Brasil, "Exame", aparecem nas bancas de jornais e revistas neste ultimo mês.

Lendo a matéria, nos impressiona números e dados de filantropias praticadas por empresas de grandes portes de todo o mundo. Nos deixa maravilhados saber que uma Microsoft estará, nos próximos cinco anos, doando 200 milhões de dólares para abastecer bibliotecas públicas americanas com softwares educacionais. Que ao redor do mundo, milhões de revendedoras da marca Avon, maior empresa mundial de cosméticos, ajudam a prevenir o câncer de mama. Que o laboratório Abbott, vendedor de medicamentos usados no combate à AIDS, mantém um programa de educação e prevenção da doença com adolescentes de escolas públicas americanas e investe em programas de filantropia mais de 50 milhões de dólares ao ano.

Vamos resumir, os americanos, conhecido por seu espírito filantrópico, doam cerca de 150 bilhões de dólares, isto mesmo, 150 bilhões de dólares por ano a instituições sem fins lucrativos. Desse total, cerca de 11 bilhões saem das corporações, ou seja, as companhias americanas investem, em média, 1% de seus lucros brutos em ações sociais.

Fazer o bem compensa?

"Compensa. E muito", disse Dori Ives, presidente da Business & Community Services, empresa de consultoria corporativa. "Participar da comunidade vai ser fundamental para as empresas que quiserem fazer a diferença daqui para a frente." A Business & Community Services é responsável pela elaboração de programas sociais para empresas como a Netscape, a Visa e a Johnson & Johnson. Os acionistas até querem um lugar no reino dos céus. Mas querem também a preferência do consumidor, o respeito dos clientes e a admiração de seus funcionários.

Hoje, qualidade, serviços, preços de padrão mundial e marketing inteligente deixaram de ser só diferenciais para tornarem-se obrigatório. É preciso possuir tudo isso e ainda fazer com que as pessoas gostem de sua empresa, se identifiquem com sua marca, tenham satisfação em trabalhar no seu negócio.

No Brasil, a filantropia corporativa ainda é algo incipiente. "Há enormes oportunidades para as empresas que tiverem uma postura de integração com a comunidade. Os consumidores estão cada vez mais seletivos." Uma pesquisa recente dos institutos americanos, mostrou que 76% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos com algum tipo de ação social, desde que eles tenham preço e qualidade competitivos.

"Fazer o bem transformou-se numa vantagem competitiva."

Melvin Jones, um corretor de seguros de Chicago, procurou saber por que os clubes locais de homens de negócios, ele era sócio de um deles, não podiam expandir seus horizontes de assuntos puramente de negócios para o melhoramento de suas comunidades e do mundo em geral. Seus esforços resultaram numa reunião de organização em um hotel local em 07 de junho de 1917. Os 12 homens que ali se reuniram, votaram afirmativamente pela organização desta idéia e convocaram a realização de uma convenção nacional em Dallas, no Texas, em outubro do mesmo ano, onde foi fundado a Associação Internacional de Lions Clubes.

Este último parágrafo, nós Leões, conhecemos muito bem. Só fiz questão de incerí-lo na matéria extraída da revista para que possamos, mais claramente, ver a visão de futuro que Melvin Jones e seus Companheiros tiveram a 81 anos atrás.

Precisamos, agora, divulgar esta idéia às empresas, ou seja, mostrar-lhes como os Lions Clubes podem divulgar (indiretamente) seus nomes na comunidade em troca do sempre difícil apoio às nossas campanhas.

Aproveitemos a matéria desta respeitável revista e mostremos a todos que o Lions pode ser uma das maiores parcerias para marketing comercial do mundo.

CL. Jacymar R. Arruda

Presidente do Lions Clube Rib. Preto - Campos Elíseos

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