Instrução Leonística

CIRCLE-LP
Círculo Cibernético Leonístico da Língua Portuguesa

 

A PROPÓSITO DE REPENSAR O LEONÍSMO , O CONSELHO DISTRITAL E SUAS  REUNIÕES

 


[CL Alexandre Campos da Costa 24/04/2007] [CL Mauro Werneck 17/12/2007]
 

 

CL Alexandre Campos da Costa e Silva (x)
recebido pelo CIRCLE LP em 24/04/2007 

 

Recentemente, têm circulado no CIRCLE LP manifestações de diversos Companheiros abordando a necessidade de mudanças no nosso movimento, seja na estrutura , seja na realização das  atividades.

Á primeira vista entendi que é uma  proposta para repensar o Leonísmo, para usar uma expressão ouvida com certa freqüência em conversas.

 

Nunca é demais insistir que se deve REPENSAR  o LEÃO e não o Leonísmo que é imutável  nos seus princípios e objetivos, dado que representa uma filosofia de vida e que dispensa  “repensagem”, “reciclagem” e,  muito menos, “julgamento”.

 

a REPENSAGEM DO LEÃO deve ser urgente e profunda, pois ela deve ser parte de uma estratégia de mudança, integrante do processo de reestruturação , que precisa ter a sua marcha iniciada, imediatamente, com vistas à  antecipação do Futuro.

 

E isto é urgente, porque estudos sobre o comportamento do nosso movimento nos últimos anos, evidenciaram crescentes preocupações representadas pelo fechamento de Clubes, perda de sócios, pouca consciência leonística, carência de novos líderes e a prestação de serviços comunitários muito aquém do que se possa admitir.

 

A proposta da repensagem do Leão COMEÇA NA ADMISSÃO, com a volta da correta seleção e a indispensável doutrinação leonistica, impedindo de vez o inconseqüente procedimento da admissão ‘DE QUALQUER  MANEIRA”, movido pela  busca de uma medalha,um troféu ou coisa semelhante...

 

Os resultados de tal procedimento são reprováveis e, longe de representarem progresso, deslustram e abalam o prestigio do Leonismo.

 

O assunto sobre Repensar o Leão profundo, longo e  por si só merece considerações especiais.

 

Passando a outro ponto abordado nas manifestações que citei, referente  às reuniões dos Conselhos Distritais que  “são longas,demoradas,dispendiosas, nada acrescentam  e são elementos desanimadores”.

 

Inicialmente, cabe relembrar que as REUNIÕES DO CONSELHO DISTRITAL SÃO ADMINISTRATIVAS, privativas do Gabinete do Governador  e que a presença de não integrantes desse  Gabinete depende de convite do Governador.

 

Possivelmente, por entender que tais reuniões, eminentemente administrativas, possam contribuir para  aumentar o Companheirismo, o Governador  decida convidar a TODOS OS LEÕES para as reuniões, nas quais são discutidos assuntos de conhecimento limitado, e que a presença de outros companheiros é apenas para assistir e conhecer, já que não têm voz nem voto.    Excepcionalmente, o Governador poderá incluir a palavra de outros Leões não integrantes do Gabinete, como que uma compensação pelos esforços feitos para assistirem àquela reunião.

 

Não se entende que sendo uma reunião Administrativa com a pauta restrita aos assuntos da Governadoria, o Conselho Distrital deva durar vários dias .

 

Essa reunião NÃO É UMA MINI-CONVENÇÃO, como ocorre em alguns Distritos, com a duração de 2 ou 3 dias, quando há uma extensa programação, incluindo atividades sociais.

 

Certamente que isto explica a posição de alguns Companheiros sobre a  necessidade de mudança da estrutura  e do funcionamento de um Conselho Distrital diante de  tanto tempo, tanta despesa  e pouco ou nenhum proveito.

 

Cabe ressaltar a convocação indevida de todos os Clubes para as reuniões do Conselho, tornando obrigatória a presença dos Leões para efeito de concursos de eficiências. Esse procedimento abre margem para o desagrado de Clubes e Companheiros que apenas deveriam ser convidados e não convocados.

 

Nada impede que nos Concursos de Eficiência do Distrito haja o item referente à presença nos Conselhos Distritais, desde  que não tenha caráter de obrigatoriedade. Obrigatoriedade impõe direitos e, no caso, esses não estão previstos no Estatuto.

 

É sempre muito importante ter-se em mente que o Distrito é DIRIGIDO pelo Governador e ADMINISTRADO por três organismos: Conselho Distrital, Comitê Assessor do Governador e Convenção Distrital  órgãos que como qualquer empresa são   administrados ou dirigidos  pelos seus diretores.

 

Assim sendo, na Diretoria do Clube só VOTAM OS DIRETORES, que no  caso, são os MEMBROS DELIBERATIVOS.

 

Do mesmo modo, no Comitê Assessor SÓ VOTAM o Presidente, Secretário , Tesoureiro e Diretor de Sócios do Clube, que são OS MEMBROS DELIBERATIVOS.

 

Isto também ocorre  no Conselho Distrital onde só votam os MEMBROS DELIBERATIVOS que o compõem. (Governador, Ex-Governador Imediato, Vice-Governador, Secretario, Tesoureiro, Presidentes de Região e Presidentes de Divisão).

 

Nessas reuniões a  presença do Membro Deliberativo é obrigatória.

 

Na  grande reunião de Clube - a Assembléia, órgão soberano que reúne  todos os Leões, VOTAM TODOS OS ASSOCIADOS.

 

Finalmente, na maior reunião do Distrito, a Convenção Distrital , VOTAM TODOS OS CLUBES representados pelos seus DELEGADOS.

    

Este é o principio estabelecido por Lions Internacional para disciplinar e ordenar as suas estruturas.

 

Propor mudanças, à revelia,  na estrutura e  no funcionamento do Conselho Distrital é sobrepor –se aos Estatutos.

 

 


(x)  CL Alexandre Campos da Costa e Silva

Ex-Governador do Distrito L /3- 1971/72 (LC-1).

          Autor do livro “Uma História do Leonismo no Brasil "2ed


A PROPÓSITO DE REPENSAR O LEONÍSMO...

De: circlelp-lista@yahoogrupos.com.br

Em nome de Mauro Werneck
Enviada em: segunda-feira, 17 de dezembro de 2007 12:51
Para: circlelp-lista@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [circlelp-lista] A PROPÓSITO DE REPENSAR O LEONÍSMO...

 

Queridos companheiros,

Concordo em número, gênero e grau com o CL Alexandre Costa e Silva sobre bom tema "Conselho Distrital" mas entendo os distritos, principalmente os constituídos por clubes em um grande número de cidades pequenas e médias que aproveitam o ensejo do Conselho Distrital e realizam, de fato, algo semelhante a uma mini-convenção, às vezes, não tão pequena assim.

Lembro-me de um fato ocorrido em 1993, quando era Governador do L-22, hoje LD-7, o CL Celso Basso, do LC-Tapejara. Contou-me ele àquela época, muito orgulhoso, que conseguira reunir cerca de 700 pessoas em sua cidade para as cerimônias de instalação do Gabinete, transferência da Governadoria anterior e realização da primeira reunião deo Conselho Distrital.

Ignoro qual foi a programação e que tipo de participação dos presentes ocorreu, mas penso que para uma cidade como Tapejara que, imagino eu, tenha dificuldades para abrigar uma convenção do maior distrito do Brasil, em número de associados, a visita de Leões de tantas cidades tenha tido um significado especial e, certamente, grande importância. Além disso, creio que para as autoridades locais e para a sociedade civil organizada de Tapejara, a presença maciça dos clubes da região se constituiu em uma demonstração de força e união nada desprezível.

Quando foi Governador do LC-1, o CL João Roberto Moreira Alves aproveitava as reuniões do Conselho Distrital para fazer realizar outros eventos no local, como, por exemplo, reunião do Conselho Curador da Fundação Armando Fajardo, Encontro de Leos e Castores, Exposição de Boletins e Encontro de Editores.

Ocorre-me também uma reunião, a terceira, do Conselho Distrital do Distrito L-5, hoje LC-3, no Ano Leonístico 1995/96, quando a Governadora era a CL Maria Letícia Barros e Gonçalves, uma das quatro primeiras brasileiras a ocupar tal posição. O evento, ao qual compareceram umas 600 pessoas, começou na 6ª feira à noite e terminou no domingo, com um almoço para 500 pessoas. Houve reunião do Comitê de Ex-Governadores do Distrito, apresentação do programa e do Gabinete do futuro Governador, CL Dorival Antônio Gazzetta, a reunião do Conselho Distrital e, o que foi para mim o ponto alto do fim-de-semana, uma sessão inteira, no sábado à tarde, dos Assessores Distritais com os Leões dos clubes, na qual se deu uma interação dos assessores com os Leões raramente vista.

A minha conclusão é: pode-se aproveitar em alguns casos a oportunidade de uma reunião de Conselho Distrital para se realizar, sim, uma mini-convenção, na qual ocorram diversos eventos leonísticos, para-leonísticos, sociais e até esportivos. Haverá grande companheirismo e pode-se até aproveitar a oportunidade para se organizar uma atividade comunitária local, como, por exemplo, uma feira de saúde e cidadania, gincana com escolares da cidade, etc., dando grande visibilidade ao Lions e fortalecendo o Leonismo junto às autoridades e lideranças locais.

Aliás, nos Estados Unidos é comum a realização de Convenções Distritais de Meio-de-Ano, em Novembro, em geral, sem decisões: só companheirismo, encontros e eventos sociais, além da reunião do Conselho Distrital. Eu mesmo fui Orador em duas convenções deste tipo: a do Distrito 20-R-2, de Nova York, em novembro de 2001, e a do Distrito 60-B, na ilha de Santa Lucia, Caribe, em novembro de 2002.

Há que se considerar também que em alguns distritos, como o LD-1, por exemplo, o Corpo Deliberativo do Conselho Distrital é bem mais amplo, incluindo os Presidentes de Clube, o que aumenta o número de Leões convocados (e, não, convidados) para o evento e, conseqüentemente, se multiplicam as oportunidades de participação dos clubes, demandando mais tempo para o desenrolar da reunião do Conselho.

Nesta matéria, como em quase todas que dizem respeito ao nosso Leonismo, há que se respeitar as peculiaridades, a cultura, os hábitos, de cada área e se confiar no bom senso, na experiência, no conhecimento e na creatividade dos líderes de cada distrito na escolha das melhores alternativas para o fortalecimento do nosso movimento.
 


Nota do editor:

 A opinião dos autores não necessariamente é a opinião do CIRCLE LP

recebido pelo CIRCLE LP em 24/04/2007