Instrução Leonística

CIRCLE-LP
Círculo Cibernético Leonístico da Língua Portuguesa

  

O Lions e os novos rumos da humanidade

 

CL Aristóphanes Clemente dos Santos

Editor de “O Leão em Marcha” – LCRJ Tijuca

 

                O Leonismo surgiu nos Estados Unidos após a primeira guerra mundial quando os países envolvidos no conflito procuravam reerguer suas economias, substituindo os escombros deixados pelos bombardeios por obras de recuperação das cidades, e, principalmente procurando levar ao povo a tranqüilidade necessária para que a vida voltasse ao normal.

 

                A rápida expansão do movimento pelo mundo contribuiu, de maneira positiva, para que a qualidade de vida das populações menos favorecidas fosse melhorada, em função das várias atividades desenvolvidas pelos clubes, em todas as áreas de atuação.

 

                Com o advento da segunda guerra mundial, a situação agravou-se. Os artefatos  bélicos mais sofisticados produziram uma devastação ainda maior. Aviões de combate, navios de guerra, tanques poderosos, treinamento militar mais apurado das forças armadas envolvidas e a bomba atômica lançada pelos americanos em Hiroshima foram fatores preponderantes na destruição.

 

                Veio o pós-guerra, novas dificuldades para a recuperação, mas, aquela tecnologia toda que serviu à guerra pôde ser aproveitada em benefício de todos. O progresso nas pesquisas trouxe efeitos rápidos em todas as áreas; novos medicamentos foram desenvolvidos, novas técnicas na ciência médica, na eletricidade, na mecânica, nas comunicações, na eletrônica, etc. Equipamentos eletrônicos os mais variados estão aí nas prateleiras ao alcance de qualquer um.  O homem foi à Lua, sondas foram enviadas para outros planetas e as pesquisas espaciais continuam.

                Nesse embalo todo o homem criou e desenvolveu a informática de tal modo que hoje, o computador está cada vez mais próximo de todos e é a mola que impulsiona a vida. A Internet aí está possibilitando acesso imediato entre os povos de todas as latitudes, sem limitações.

 

                Mas, nem tudo são flores. Com o advento da globalização imposta  pelos  países  mais  desenvolvidos,  os  novos  rumos  da  humanidade tornaram-se sombrios para os povos mais pobres, com perspectivas do aumento da fome e da miséria.

 

 Surgiram novas doenças produzidas por vírus altamente resistentes aos medicamentos tradicionais; a disseminação do uso das drogas tem tido índices alarmantes, a violência campeia em todas as cidades e as autoridades não têm conseguido equacionar e dar solução aos problemas.

 

E o LIONS como é que se coloca nessa calamidade toda? Sabemos que as nossas forças não são capazes de superar esse estado de coisas, mas podemos fazer muito pelas nossas comunidades procurando minimizar essa situação. É hora de reunirmos todas as nossas forças e partirmos para a luta.

 

                Entendemos que o inicio de tudo está em dois pontos básicos: a geração desenfreada de proles numerosas por famílias sem a menor condição de vida e a educação desses menores. Há urgente necessidade de um planejamento familiar, apesar da resistência de alguns setores da sociedade brasileira e talvez  de outros países.

 

                Em razão da falta de condição de vida nas famílias, os menores procuram a rua como ponto de apoio; aí encontram outros já contaminados e começam a aprender o que nunca deveriam ter aprendido. Como precisam sobreviver, partem para pequenos roubos e o resto nem precisa ser dito, pois todos são conhecedores.

 

                Nesse ponto achamos que o Lions pode e deve encarar esse problema de frente e fazer alguma coisa. No nosso Lions Tijuca temos o CAMP Tijuca, com resultados expressivos que já ultrapassaram nossas fronteiras.

 

                Entendemos que esse programa de patrulheirismo ou outros que possam ser concebidos no sentido de dar à criança o mínimo de condições para uma vida digna, deverá ser o carro chefe de qualquer administração leonistica, partindo da Governadoria de cada distrito, com orientações seguras aos clubes para que haja um tratamento igual para o problema.

 

                Caros Companheiros, Companheiras Leão, Domadoras e colaboradoras, são essas as considerações que achamos por bem fazer para desenvolver o tema proposto pela Comissão de Programas, a quem agradecemos a distinção e a oportunidade que nos foi concedida para tratar de um tema tão apaixonante.

 

CL Aristóphanes Clemente dos Santos

aristophanes.c@br.inter.net

Editor de “O Leão em Marcha” – LCRJ Tijuca